quarta-feira, 5 de março de 2014

NOTÍCIAS - Dívida dos brasileiros nos bancos é de R$ 1,2 trilhão

Mesmo se fosse usado integralmente para pagar as dívidas, o 13º salário não seria suficiente. Os brasileiros chegam ao fim de 2013 devendo — somente aos bancos — um total de pouco mais de R$ 1,2 trilhão, o maior saldo da história, segundo dados do Banco Central (BC). O montante equivale a oito vezes a quantia que será injetada na economia brasileira neste ano com o benefício natalino, cuja primeira parcela caiu na conta dos trabalhadores na última sexta-feira. Ceia, presentes e viagens poderão até ser mantidos, mas o aperto nunca foi tão grande.
 
A situação das finanças domésticas se complica porque, com base nos números do BC sobre as operações de crédito, os consumidores têm mergulhado nas dívidas mais caras do mercado. O saldo devedor do cheque especial, por exemplo, é o maior já registrado, com alta acumulada de 20,9% no ano. Os débitos com o cartão de crédito na modalidade rotativa — quando se quita apenas o valor mínimo da fatura — cresceram 6,2% nos 10 primeiros meses, mais do que os pagamentos à vista com cartão, nos quais não incidem juros, com alta de 5,1%.

O ano não foi fácil para os brasileiros. A inflação se manteve persistente e bem acima do centro da meta do governo, de 4,5%. A cada ida ao supermercado, um novo espanto diante dos reajustes, sempre minimizados pela equipe econômica. Não bastasse, a expectativa para o início de 2014 é de mais alta dos preços, além dos gastos extras do período, como pagamento de impostos e matrícula escolar. A escalada da taxa básica de juros — que na última semana chegou a 10% ao ano, voltando à casa dos dois dígitos — encarecerá o crédito e poderá acelerar o inchaço das dívidas.

A soma do que os brasileiros devem às instituições financeiras representa, hoje, mais de um quarto (25,8%) do Produto Interno Bruto (PIB), também a maior proporção já identificada pelo BC. “Para diminuir o peso das dívidas, o consumidor foi obrigado a ficar mais seletivo e cuidadoso. Quem conseguiu limpar o nome não vai querer virar o ano no vermelho de novo”, acredita o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Fabio Bentes.

Nos últimos anos, com a ausência de projetos estruturantes no país, o consumo das famílias foi o que garantiu o crescimento econômico. O aumento da renda e do nível de emprego da população fizeram o governo estimular a fartura do crédito e, consequentemente, uma corrida às compras. A euforia deu resultado. Mas, no entender de analistas, esse modelo de desenvolvimento — que acabou abafando a falta de projetos sólidos — se esgotou.

Superação 
Com o poder de compra estrangulado pela inflação e pelas dívidas, muitos brasileiros que iniciaram o ano na lista de maus pagadores deram a volta por cima e dizem ter aprendido a lição. Decidiram neste fim de 2013 não só diminuir o consumo, mas também estão mais dispostos a poupar. “Parece que há, de fato, uma maior conscientização. Mas não basta. As famílias precisam de uma ‘faxina financeira’ e mudar hábitos”, pondera o educador financeiro Reinaldo Domingos.

O auxiliar de cozinha Sidney Araújo da Silva, 34 anos, passou vários Natais “comendo e se divertindo na casa dos outros”, como relembra ele. As dívidas com cartão de crédito e celular torravam o dinheiro da ceia. Desta vez, metade do 13º está reservado para garantir a festa da família, mesmo sem muita pompa. “Quem quiser esbanjar que esbanje. Vou cuidar das minhas contas para entrar em 2014 tranquilo”, afirma.

A outra metade do salário extra, acrescenta Silva, será usada para ajudar a pagar as parcelas de uma televisão de plasma comprada recentemente — dividida em 12 vezes — e do novo aparelho de celular, que deve ser quitado em abril do ano que vem. Sem revelar para ninguém o quanto tem guardado, o morador de Planaltina defende a importância de poupar. “Se depender só do salário, o cara fica enrolado. Se o patrão atrasar o pagamento é problema. E se os bancos entrarem em greve?”, provoca.

O medo de afundar em dívidas levou muitos brasileiros a abrirem mão de extravagâncias. “As pessoas gastam o que não têm. Estou cansado de pegar passageiro com salário de R$ 20 mil por mês, mas que quer viajar todo fim de semana, comprar tudo, e aí depois reclama”, opina o taxista João Rodrigues, 64.

A casa própria segue como sonho e prioridade para a maioria dos brasileiros. A aposentada Ana Carvalho, 72, não se incomodou em comprometer um terço da renda com um financiamento imobiliário iniciado neste ano. Para compensar o arrocho programado, ela optará por presentes mais baratos para os filhos e netos no Natal. “Vou gastar menos, para juntar mais dinheiro e antecipar parcelas. Quero usar até o 13º para ajudar a diminuir o montante.”

Fonte: Correio Braziliense

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

NOTÍCIAS - Índice que mede a inadimplência do consumidor brasileiro cresce em janeiro

>> Indicador do Serasa Experian confirmou a quarta alta mensal consecutiva


A inadimplência do consumidor registrou alta de 1,1% na comparação com dezembro, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. Esta foi a quarta alta mensal consecutiva. Na comparação com janeiro de 2013 foi registrada queda de 4%.

As dívidas não bancárias (com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica) foram as principais responsáveis pela alta, com variação de 2,7% e contribuição de 1,1 ponto percentual. Os títulos protestados apresentaram crescimento de 23,8% e contribuição de 0,4 ponto percentual. A inadimplência com os bancos registraram variação negativa de 0,7% e contribuição negativa de 0,3 ponto percentual. Os cheques sem fundos tiveram contribuição nula no índice de janeiro.
 
 
 
O valor médio da inadimplência bancária caiu 6,1% em janeiro de 2014, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os títulos protestados também apresentaram queda: 0,3%. Já os cheques sem fundos e as dívidas não bancárias registraram alta de 3,2% e 4,2%, respectivamente.
 
De acordo com os economistas da Serasa Experian, as recentes altas mensais da inadimplência do consumidor estão enfraquecendo as quedas nas comparações interanuais nos últimos quatro meses. “Isto sinaliza que a trajetória de declínio da inadimplência do consumidor, constituída a partir do último trimestre de 2012, pode estar se encaminhando para uma conjuntura de estabilidade. Aumentos sucessivos das taxas de juros, crescimento mais fraco da economia, inflação situando-se próximo ao teto da meta e diminuição do ritmo de geração de vagas no mercado formal de trabalho contribuem para desacelerar a curva descendente da inadimplência do consumidor”, diz a Serasa Experian.

Fonte: Diário Catarinense

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Planejamento financeiro: confira dez dicas para economizar no dia a dia

Diariamente gastamos com pequenas coisas e não fazemos a menor noção de quanto isso representa no mês. É sempre um lanche de manhã, um almoço, o dinheiro do lanche dos filhos, mas você sabe o quanto isso impacta nas suas contas?

 
Gastos como estes, na maioria das vezes, não entram no orçamento do consumidor, pois ninguém tem o costume de anotar ou, até mesmo, reservar uma quantia destinada para essas pequenas despesas que aparentemente não impactam no orçamento.

Segundo o professor de pós-graduação da Trevisan Escola de Negócios, Ricardo Cintra, é fundamental que o consumidor conheça os seus gastos, pois só assim será possível cortar o que é supérfluo.
 

Top 10
Quer economizar no dia a dia? O especialista listou 10 dicas para acertar as contas. Confira:

1 - Inicialmente é preciso conhecer os seus gastos diários. Anote tudo, independentemente de valor, durante um mês inteiro e depois analise as anotações e tente cortar os gastos excedentes.

2 - Cuidado especial com alimentação fora de casa. Será que você está almoçando no melhor restaurante para o seu bolso? É preciso mesmo abusar dos fastfood todo final de semana?

3 - Não vá ao supermercado sem lista de compras, com crianças e com fome.

4 - Pesquise antes de comprar bens ou contratar serviços. Lembre-se o melhor preço de um produto não é o praticado “naquele” ponto de venda, mas o praticado pelo mercado.

5 - Conscientize membros da família no que se refere à racionalidade no uso de água e de energia elétrica, sem esquecer da conservação adequada (e segura, no que se refere à saúde) de alimentos.

6 - Preste muita atenção ao uso do cartão de crédito, pois a “lógica” de sua operação é a compra por impulso, isto é, tudo é feito para que o consumidor use muito o cartão de crédito.

7 - Compras compartilhadas podem representar redução de gastos para todo o grupo. Particularmente entre familiares, é uma prática bem interessante e, quanto maior a família, maior o volume de cada item a comprar e, potencialmente, maior o benefício do compartilhamento. A recomendação aplica-se, também, ao material escolar. Por que 30 famílias vão a papelarias/livrarias diferentes, em momentos diferentes, pagando preços diferentes, para comprar o mesmo material? Resposta: porque não planejam as compras, não conversam.

8 -
Para compromissos anuais previsíveis, como IPTU, IPVA entre outros, divida por 12 o valor estimado a pagar e faça uma provisão mensal em uma poupança. Ficará mais fácil pagar à vista e usufruir de descontos.

9 - Oriente as crianças/adolescentes com relação ao consumo nas cantinas de escolas. As contas costumam ficar altas e a qualidade da alimentação normalmente é baixíssima.

10 - Se as empresas fazem orçamentos, por que as famílias não o fazem? Excelente a ação de avaliar gastos futuros (curto prazo) e disponibilidades. “Essa prática pode evitar muitas dores de cabeça e evitar, também, o gasto com remédios para curá-las”, conclui Cintra.

Fonte: Uol Economia